A frenectomia é um procedimento cirúrgico oral que consiste em cortar e remover o freio (“prega” fina de tecido fibroso, presente na boca), lingual ou labial (superior ou inferior). Tem como objetivo melhorar o funcionamento oral, corrigir problemas estéticos ou até mesmo facilitar algum tratamento ortodôntico.
Para quem é indicada a frenectomia?
É indicada para pacientes que apresentam dificuldades funcionais, estéticas ou ortodônticas devido a restrições nos freios labiais ou lingual. É recomendada para adultos ou crianças após a erupção de todos os dentes definitivos, o que ocorre por volta dos 12 a 13 anos. No entanto, pode até ser realizada em recém-nascidos (dependendo dos sintomas e da recomendação médica).
Consoante os problemas associados, pode ser recomendado pelo seu médico a realização de uma frenectomia labial, lingual ou ambas. De seguida, apresentamos alguns dos problemas que levam à realização de cada frenectomia:
Frenectomia labial:
- Diastema;
- Dificuldade na movimentação do lábio;
- Dificuldades na fala;
- Desalinhamento dos dentes;
- Dor associada à sensação de “língua presa”;
- Retração gengival.
Frenectomia lingual:
- Dificuldades na movimentação da língua;
- Dor associada à “sensação de língua presa”;
- Dificuldades na fala;
- Dificuldades na mastigação;
- Lesões traumáticas.
Frenectomia convencional ou a laser?
A cirurgia da frenectomia pode ser feita de modo convencional ou a laser. A sua escolha pode ter impacto na experiência de cirurgia vivida pelo paciente.
Frenectomia Convencional: É usado bisturi convencional e é feito um pequeno corte no freio, de forma a remover o mesmo. Depois é feita a sutura dos tecidos moles, com pontos que poderão ser reabsorvíveis ou não. Caso não sejam, é preciso ter em atenção que será necessário voltar ao dentista entre 7 a 10 dias após a cirurgia para os remover;
Frenectomia a Laser: Neste caso o bisturi utilizado é elétrico, o que vai fazer com que o tempo de cirurgia seja reduzido, pois vai existir coagulação e esterilização de imediato. Não existindo corte, à partida o trauma também será menor ou mesmo inexistente.
Ambas as cirurgias não têm dor associada pois são realizadas com anestesia local e os sintomas do pós-operatório por norma são nulos ou mesmo irrelevantes.
Cuidados a ter após a cirurgia
É muito importante ter em atenção alguns cuidados recomendados pelo médico dentista, após a cirurgia para que não existam dores ou mesmo consequências físicas relativas à cirurgia da frenectomia. A recomendação pode variar de médico para médico, mas estes são alguns dos cuidados a ter após a cirurgia:
- Fazer uma dieta com alimentos macios evitando alimentos duros;
- Evitar alimentos muito quentes;
- Aplicar gelo no local da cirurgia, de forma a evitar o inchaço;
- Utilizar uma escova de dentes macia e fazer pouca pressão durante a escovagem;
- Evitar esforços físicos;
- Tomar devidamente a medicação prescrita pelo médico dentista de forma a controlar a dor e inchaço.
O que acontece se a frenectomia não for feita?
A falta de frenectomia em pacientes que apresentam restrições significativas devido ao freio, pode levar a complicações contínuas nas funções orais. Por exemplo, a incapacidade de mover adequadamente os lábios ou a língua pode afetar negativamente a fala, alimentação e até a higiene oral.
Além disso, em casos de diastemas causados por freios labiais, a ausência de frenectomia pode dificultar o tratamento ortodôntico, prolongando assim o problema.